Alunos da 3ª.Turma de Programação visitam espaços de sustentabilidade na USP

 

 

 

 

 

 

Crédito imagem: Marcelo Fiuza

Duas toneladas e meia de reciclados ou reusados.  É essa montanha de lixo eletrônico que o CEDIR – Centro de Descarte e Reúso de Resíduos de Informática, da Universidade de São Paulo, processa toda semana para reaproveitamento ou para dar destino final de maneira ambientalmente correta. 

O CEDIR e o LASSU -Laboratório de Sustentabilidade, os dois ligados à Escola Politécnica da USP, foram visitados em 4 de junho último pela Turma 3 de Programação e Criação de Sites do Projeto Jovens Caminhos, uma parceria entre Instituto GEA e Petrobras que qualifica jovens em Santo André, na Grande São Paulo. Essas instituições da USP também apoiam o Jovens Caminhos ao ceder notebooks recondicionados para utilização pelos alunos do projeto.

Bastante curiosos, os cerca de 40 estudantes conheceram como o Centro e o Laboratório trabalham com conceitos de sustentabilidade, dando destino correto a computadores, telas, processadores, disquetes antigos e projetores, entre outros equipamentos que chegam todos os dias descartados pela comunidade interna da USP ou pela população em geral.

“Só na USP, temos 56 mil computadores que, em quatro ou cinco anos, estarão aqui no CEDIR para reciclagem. Se fizermos descarte incorreto desse material, todo o ecossistema será prejudicado, pois são equipamentos que têm metais pesados e nocivos ao meio ambiente”, explicou o técnico André Rangel Souza.

Reúso, reciclagem e logística reversa

Os alunos do Jovens Caminhos aprenderam que os resíduos eletrônicos podem ser remanufaturados (reparando-se os equipamentos, às vezes utilizando peças retiradas de outros sem funcionamento) ou reciclados (encaminhamento dos equipamentos sem condições de reuso para empresas parceiras, que separam metal, alumínio e cobre, entre outros, para seu uso)

A maioria do lixo eletrônico é reciclável ou reutilizável. “Uma CPU de computador tem só 1% de borracha que não dá para reaproveitar”, explicou André Rangel, do CEDIR. Infelizmente, porém, o Brasil só recicla 3% de resíduo eletrônico, contra 23% na Europa, acrescentou ele.

A coordenadora do Laboratório de Sustentabilidade da Poli-USP, professora Tereza Cristina de Brito Carvalho, explicou que a sociedade moderna é levada ao consumismo desenfreado, uma forma de estimular a dinâmica da economia. Mas o lado ruim desse comportamento é a imensa quantidade de lixo jogado na natureza. “Pensem na moda e vejam quanta roupa descartamos a cada lançamento que a indústria promove”, lamentou ela.

 

 

 

 

 

Crédito imagem: Marcelo Fiuza

Paidéia e curso de Python

Prof. Tereza levou os alunos para conhecer também o museu de eletroeletrônicos mantido pelo LASSU e apresentou o curso de especialização em Python oferecido pelo programa Paidéia da Poli-USP. A especialização dura um ano (288 horas) com aulas 3 vezes por semana à noite, na modalidade on-line.

“O Python é uma das linguagens que têm mais posições no mercado. Já formamos sete turmas e temos muitos nomes bem colocados em empregos”, afirmou a Prof. Tereza Carvalho, citando que na turma de 2024 há sete jovens que cursaram o Jovens Caminhos.

“É um curso que transforma as pessoas, pois é um aprendizado para a vida. Mas tem que gostar da área, abraçar com amor, se não, não faz gol”, destacou. São cinco módulos que abordam, entre outros, a linguagem de programação, a interface com usuário e computador e, também, como preparar um bom currículo e como se comportar em uma entrevista de emprego.

Entre os professores do curso do LASSU, dois também atuam no Jovens Caminhos: Alessandra Toyama e Akio Goya.

Curte programação? Conheça nosso curso de Programação e Criação de Sites, uma iniciativa do Instituto Gea em parceria com Petrobras. Acesse: https://jovenscaminhos.institutogea.org.br/informatica-e-criacao-de-sites/