TI Verde

TI Verde

O conceito de TI Verde (ou sustentável) envolve a preocupação com a sustentabilidade no setor tecnológico. É um movimento que vem adquirindo cada vez mais força e tem como objetivo a diminuição – senão a eliminação – de riscos e impactos em todos as fases do ciclo de vida de aparelhos eletro-eletrônicos, desde a sua concepção até a sua destinação final, quando sua vida útil se encerra. Nesse processo há uma série de aspectos a serem abordados, entre eles:- utilização de arquiteturas e processos que permitam uma maior vida útil e também facilitem o desmonte do equipamento ao fim da sua vida útil;

– eficiência energética;

– controle da cadeia de fornecedores;

– não utilização de substâncias tóxicas e de materiais recicláveis na fabricação;

– uso racional de recursos naturais;

– recuperação e reutilização de equipamentos antigos ou que não funcionam mais ou separação e encaminhamento das partes para reciclagem.

Esses exemplos se aplicam às empresas que desenvolvem, produzem e distribuem equipamentos eletrônicos. No entanto, qualquer empresa que utilize algum tipo de equipamento tecnológico também pode adotar diretrizes de TI verde, por exemplo, na sua política de compras, priorizando a aquisição de aparelhos produzidos de maneira sustentável ou que sejam energeticamente eficientes. É o caso do Selo Verde criado pela USP em 2008, no qual a universidade recomenda em suas licitações para compra de computadores, produtos com alta taxa de reciclabilidade, livres de chumbo e com alta eficiência energética.

Já existem também iniciativas governamentais direcionadas à questão da sustentabilidade em TI, por exemplo a Waste Electrical and Electronic Equipment (WEEE) Directive e a Restriction of Hazardous Substances (RoHS) Directive, que se tornaram lei na União Europeia em 2003. A primeira é relativa a um incentivo de redução na produção de resíduos eletro-eletrônicos através de recuperação, reutilização e reciclagem de equipamentos; e a segunda estabelece a restrição do uso de determinadas substâncias tóxicas na produção deles. No Brasil, foi aprovada em 2010 a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que introduz a logística reversa, sistema no qual fabricantes, importadores, distribuidores e vendedores devem realizar o recolhimento e destinação adequados de eletroeletrônicos, entre outros produtos, ao fim de sua vida útil.

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