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Proposta de monografia do MBA LASSU é classificada no Prêmio Santander

Paulo Ernani Bergamo dos Santos, aluno do MBA Governança e Inovação do Lassu, teve seu Resumo de Oportunidade Empreendedora classificado para a segunda fase do Prêmio Santander Empreendedorismo – Edição 2014. No total foram selecionados pela comissão julgadora do concurso os 150 melhores resumos dentre 20.106 projetos enviados a partir de 1.067 Instituições de Ensino Superior participantes. O trabalho submetido pelo aluno é resultado de sua monografia de conclusão de curso com título “Definição e Incorporação de um Processo de Tratamento de Resíduos Eletroeletrônicos em um Framework de Governança TI”.O Prêmio Santander de Empreendedorismo é um concurso que visa apoiar e reconhecer a criação e o desenvolvimento de projetos de oportunidade empreendedora elaborados exclusivamente por estudantes de curso de graduação ou de pós-graduação, com perfis e posturas empreendedoras. A relação dos trabalhos selecionados pode ser obtida aqui.Na torcida pelo sucesso do aluno nas próximas etapas, registramos toda a satisfação da equipe Lassu com a grande conquista!Parabéns Paulo!

Como TIC contribui com a emissão de gás efeito estufa?

A diminuição das emissões relacionadas à TIC irá ocorrer devido à redução de emissão dos próprios usuários finais. Os quais tiveram crescimento anual de 6.1% entre 2002 a 2011, e agora as projeções são de 2.3% ao ano.A categoria de usuários finais é responsável por 53% das emissões de TIC (24% redes e 23% data centers), logo uma desaceleração no crescimento das emissões desses usuários leva a um grande impacto na taxa de crescimento total das emissões de TIC. Um dos principais fatores dessa redução é da expectativa de ganho em eficiência energética com a troca de PC por laptops, tablets (principalmente) e smartphones, além do uso de serviços de Computação em Nuvem.Porém, haverá um crescimento na participação de TIC em relação às emissões globais, que era de 1.3% em 2002 para 2.3% em 2020. Isto se deve à grande e contínua entrada de tecnologias nas indústrias e empresas inseridas no contexto da economia global moderna.Podemos observar que a emergência e a rápida adoção de dispositivos inteligentes como tablets e smartphones tem contribuído significativamente para a redução de emissões de GHG devido ao consumo limitado de energia elétrica pelos mesmos. Além disso, as tendências de virtualização de servidores, adoção de soluções de computação em nuvem e as abordagens de colocar dispositivos em modo de baixo consumo de energia, têm tornado as redes e data centers mais energeticamente eficientes. Tudo isso demonstra a grande importância de pesquisas e implantação de projetos na área.

Programa Origem Sustentável com um número cada vez maior de adesões

Este programa de certificação foi desenvolvido pelo LASSU em parceria com a Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) e a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). O seu objetivo é direcionar a cadeia calçadista brasileira a uma produção mais sustentável, de modo a tornar as empresas nacionais mais competitivas no mercado externo – mais exigente com relação à origem dos produtos que compra.O trabalho começou com uma pesquisa de campo realizado pelo LASSU e pesquisadores do MIT L-Lab Massachusetts Institute of Technology (MIT), para verificar de que maneira as empresas calçadistas estavam se tornando mais sustentáveis. A partir desse levantamento, foi desenvolvida a proposta do programa com 52 indicadores de sustentabilidade, distribuídos em quatro pilares: Econômico, Ambiental, Social e Cultural. Dentro deles, há três categorias de indicadores: Obrigatórios, Muito Importantes e Desejáveis.Os indicadores econômicos tratam de temas como uso racional de recursos, transparência e planejamento estratégico. Os ambientais abordam questões de tratamento de resíduos, efluentes e emissões, origem e sustentabilidade da matéria-prima e da energia, e otimização logística com foco na sustentabilidade ambiental. Os sociais preocupam-se com a valorização, saúde, segurança e produtividade dos trabalhadores, além da inserção da unidade fabril na comunidade do seu entorno. E os culturais avaliam a atuação da empresa quanto à sensibilização e valorização da cultura – da empresa, da comunidade local, regional e nacional, considerando a incorporação da cultura brasileira como um diferencial no mercado externo.Destinada ao setor calçadista como um todo (tanto para fabricantes de componentes quanto de calçados), a certificação tem caráter progressivo e contínuo, seguindo a escala ascendente Branco, Bronze, Prata, Ouro e Diamante – de acordo com a pontuação (indicadores atendidos) obtida pela empresa. Para obter os selos a partir do nível Prata as empresas devem passar por uma auditoria externa para comprovação do cumprimento dos indicadores. As empresas auditoras atualmente credenciadas são: SGS e ABNT. A gestora do Selo do Programa é o IBB (instituto By Brasil).

O Programa Origem Sustentável conta com o suporte de um software, desenvolvido pelo LASSU em pareceria com a empresa ANDE composta por ex-alunos da USP. Esse software viabiliza a realização de autodiagnostico para obtenção do Selo Bronze e solicitação de auditoria para concessão de selos Prata e Ouro. Esse suporte por software é um componente inovador do Programa Origem Sustentável.

Hoje, contamos com a adesão de 53 empresas ao Programa Origem Sustentável, sendo que 40 tem Selo Branco ,12 tem o Selo Bronze (Realização de Autodiagnostico), e uma empresa, Cipatex Impregnadora de Papéis e Tecidos, possui o Selo Ouro. A empresa Cipatex Impregnadora de Papéis e Tecidos resolveu levar o processo a um nível superior – passou pela auditoria e foi pioneira na categoria mais alta concedida até hoje. Outras empresas já estão se preparando para realizar a auditoria necessária para receberem o Selo Prata ou Ouro.

Mais informações podem ser obtidas aqui

A Prevenção como Ferramenta para a Gestão Sustentável de Resíduos Sólidos

Autora, Ana Paula Bortoleto.A crescente geração de resíduos sólidos (RS) deve ser vista como um dos mais sérios problemas ambientais e sociais da vida contemporânea. As consequências se refletem tanto direta como indiretamente na população e na sobrevivência dos ecossistemas. Esses custos ambientais e sociais decorrentes da produção, manejo e disposição de RS são substanciais e crescentes.Segundo a OECD [2011], na maioria dos países para os quais existem dados disponíveis, a crescente afluência econômica da população associada as mudanças nos padrões de consumo produzem maiores índices de RS per-capita. Ademais, o metabolismo industrial contemporâneo é mais eficiente em gerar RS do que produtos. Nos EUA, por exemplo, para se produzirem quatro quilos e meio de produtos, geram-se pelo menos uma tonelada e meia de resíduos [Leonard, 2011].Há uma necessidade imperativa de integrar todas atividades dentro da gestão de resíduos sólidos (GRS) baseando-se na prevenção de RS. Nos últimos anos, avanços significativos direcionados ao tratamento dos RS foram efetivados no Brasil, principalmente com a promulgação da Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS [BRASIL, 2010]. Embora a PNRS seja um referencial regulatório extremamente importante, a lei ainda tem condições e práticas generalizadas no âmbito da prevenção de RS e, dada a falta de informações e conhecimentos técnicos, não é possível de determinar quais os produtos e serviços são os menos impactantes ao ambiente.

Programas de prevenção de RS integram a política de produto tanto no nível dos processos de produção como de consumo e pós-consumo. A prevenção se distingue da reciclagem pois reconhece o RS como produto a ser reutilizado sem a necessidade de pré-tratamento. Especificamente a prevenção de resíduos refere-se a três tipos de ações práticas: eliminação na origem, redução na fonte e reutilização do produto. Todos os agentes envolvidos conduzem ações de prevenção de forma própria à sua condição. O valor prático da prevenção de RS dependerá das características do material, produto, fluxo de RS ou público-alvo em questão.

A prevenção de RS pode ser considerada nos vários estágios do ciclo de vida produto: na concepção, fabricação, oferta, disponibilização de informação e na reutilização do produto. Na GRS, a prevenção evita a coleta desnecessária de RS, bem como o seu tratamento e descarte. Ela oferece um significante potencial de diminuição do volume de RS destinado ao aterramento do mesmo modo que contribui para a mitigação das emissões de gases estufa. Consequentemente, a prevenção é a parte integradora dentro da GRS, onde cada opção é avaliada com o objetivo principal de optimizar o sistema ao invés de geri-lo dentro de uma hierarquia piramidal. A prevenção também incentiva o uso eficiente de energia no setor industrial pois age em todas etapas do processo produtivo, eliminando os custos na produção e o descarte de RS da mesma maneira que reduz a demanda por matéria-prima. Isso permite uma melhor performance e maior eficiência tornando essas empresas mais competitivas no mercado.

Não existem dúvidas que a prevenção de RS possui um enorme potencial para tornar a GRS mais eficiente e sustentável. Enquanto isto é verdade, a prática está longe de alcançar seu pleno potencial. No Brasil, tanto a academia como os setores públicos e privados ainda carecem de uma visão mais integradora sobre o tema. É necessário uma melhor compreensão das influências e dos efeitos das ações de prevenção para que as autoridades municipais e o setor industrial possam implementá-la como medida prioritária para reduzir os impactos ambientais, sociais e econômicos da GRS.

Formatura do MBA do Lassu 2013